arte
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sobre as ventanias quentes
Eu queria um pouco de afeto Para costurar meu coração Machucado Eu queria sentir uma brisa tão fria Que me endurecesse E não me partisse de novo Mas aqui está a minha ventania quente Me dando afetos cheios de desejos em cima de mim Eu deveria estar me curando entre seus abafos Enquanto me diz…
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oh, não
a gente não tem mais futuro mas eu vejo um futuro com você a gente não tem mais tempo mas eu arrancaria um dos ponteiros do sistema no outro dia anterior me contaram na prisão de poemas que a gente tem uns três anos ou menos a gente morre de fumaça ou de horários? o…
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casinhas de nós
como um movimento de corpo-casa acolhimento fechado que chave abriu perdeu dentro do quarto os dedos mindinhos nos seus olhos dormidos não pode abrir a boca, mas os olhos vêem os corpos nos reflexos mexendo dentro de si buscando recuperar as armadilhas é um segredo feito de companhia entre nós de afeto amarrados de cadeados…
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luto
acostumada a ser um problema em uma equação dentro de linhas analisando poemas que vivem dentro de pequeninhas vidas que esvaem e doem era um segredo sentimentos não sentidos em poemas não escritos vivenciando um luto de silêncios ditos
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pêndulos
de muitos toques, para o meu (des)toquea pele lembra dos arranhos seus apertos na garganta o deslize se torna um mero norte entre o meu rio de tantos ganhos delicadamente me arranha entre as minhas lágrimassuplico em silêncio que um dia-colapsaviva de (concretos) momentos
